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Piracuruca 40 graus

Na Trilha Rupestre

HISTÓRIA E CULTURA


Área histórica tombada pelo (IPHAN) - Instituto do Patrimônio Histórico Nacional em 2011



Segundo Jureni Machado Bitencourt, os primórdios de Piracuruca estão ligados aos diversos acontecimentos históricos relacionados com a expulsão dos franceses do forte de São Luiz (Maranhão) e a ocupação das terras índias situadas na região da Ibiapaba. Tais acontecimentos foram registrados nas terras próximas, extrapolando-se para a procura dos caminhos de ligação entre o Ceará e o Maranhão e resultando na expansão da catequese missionária e também, nas guerras de extermínio dos índios tremenbés, portanto, são tão antigos quanto as primeiras tentativas portuguesas para realizar o povoamento da terra brasileira. 

Ilustração: Livro apontamentos Históricos da Piracuruca

O município advém da vila e da freguesia do mesmo nome e, mais remotamente, da fazenda e logradouro "SÍTIO" localizada às margens direitas do rio Piracuruca, distante 180 quilômetros, aproximadamente da sua nascente ("cabeceira d’água") na Serra Grande ou Ibiapaba.

O topônimo PIRACURUCA significa "peixe que ronca" no idioma indígena. Há quem defenda o fato de haver sido PIRAC’URUCA, numa ligeira deformação de pronúncia. É possível levando-se em consideração que a Região da Ibiapaba foi, nos primeiros tempos da colonização, habitada e invadida por tribos de dialetos diferentes.

Sem sombra de dúvida, a fazenda e logradouro SÍTIO é muito mais antigo que a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, cuja construção iniciada no período de 1718-1722, vem servindo de ponto de partida para todos os relatos sobre a cidade.



Texto

No começo do século XVIII, os irmãos Manuel e José Dantas Corrêa, desbravando os sertões piauienses, fundaram nas terras do atual Município de Piracuruca diversas fazendas de criação. Certa vez, aprisionados pelos índios quiriris, fizeram promessa à N. S.ª do Carmo de no local construírem um templo consagrado à Virgem. Obtida a graça, deram início em 1718 à construção do majestoso templo, em torno do qual surgiu uma próspera povoação.
Piracuruca era ponto de passagem obrigatória dos negociantes que se dirigiam para o porto de Parnaíba, o que acelerou o seu desenvolvimento.
Foi uma das comunas que mais sofreu, durante a revolta dos Balaios. Na fazenda do Bebedouro, a oito léguas da Vila, travou-se em 20 e 21 de setembro de 1839 grande combate entre as forças legais e revoltosos ali entrincheirados, terminando com a derrota e rendição dos rebeldes.






Povoamento indígena



A ocupação das terras do Norte do Piauí não foi ato pacífico. O devassamento foi precedido de violenta campanha contra os índios, para obriga-los à submissão, à convivência pacífica com seus dominadores. Quando essa pacificação era obtida, praticava-se o abuso da escravidão, da exploração sexual das cunhãs e da usurpação das terras.


A resistência dos índios é fato histórico. Se antes apresentaram-se dóceis e hospitaleiros, reagiram aos primeiros desrespeitos aos seus valores tribais. 

A guerra contra o gentio (índio) teve desdobramento permanente até a completa limpeza da região; desapareceram da Piracuruca os grupos Tocarijus e Alongas, referidos, com nomes diferentes mas, provavelmente, integrantes de uma só tribo. Eram índios de corso, isto é, de hábitos errantes; na época do verão localizavam-se nos sopés da Serra da Ibiapaba e durante os invernos ou no começo das chuvas, desciam para as margens do Rio Bitorocara (ou Bitorocaia) que é, atualmente, o rio Piracuruca e, também para as ribanceiras do Rio Longá; colhiam cajús e dedicavam-se as atividades de pesca; eram arredios nos tratos com os homens brancos de quem fugiam com medo de tiros e das pégas de aprisionamento.

Nos relatos históricos, são abundantes as citações de tribos que povoaram a região da Ibiapaba e as terras interiores do Piauí. As nações Tabajaras e Potiguara encabeçam a lista. Depois, aparecem Anacés, Acajus, Tarariús, Carathiús e Canindés. Nas terras baixas, entre a Ibiapaba e o Rio Parnaíba, aparecem os Potis, Aranhis, Aroás e Cupinharões. Para o norte figuram os Tocarijus e Alongas; No litoral apareceram os índios Tremenbés. Nas margens do Rio Parnaíba, do lado maranhense registram-se os Anapurus, mas conhecidos como índios Barbados. Para o Sul do Piauí, registram-se os Guerês, Gurguéias e Pimenteiras.

Todas as tribos foram, gradualmente desaparecendo. Insistiram os colonos e sesmeiros na expulsão e extermínio do gentio com o objetivo de utilizarem de suas terras para a criação solta dos rebanhos; não apenas isso. Apesar da proibição real e da constante vigilância exercida pelos jesuítas, teimavam os “senhores da terra” em escravizar os índios empregando-se nos trabalhos dos engenhos e nas farinhadas.

Com o passar dos anos, quando já se introduzia no Brasil a prática da escravidão negra, importando-se escravos da áfrica, promoveu-se o elemento índio a feitor, a vigilante de senzalas e a rastejador de negros fugitivos, em cujas tarefas revelaram-se habilíssimos.

A integração do índio na comunidade dos conquistadores teve de passar, portanto por essas etapas; do extermínio tribal, à aculturação via catequese ou submissão servil resultado dessas últimas o cruzamento das raças de que se originou o povo nordestino. No município essas tribos sumiram gradativamente, podemos ver em algumas inscrições rupestres na região a existência de tais tribos que viveram aqui por vários anos. Os nossos traços de mistificação é visível na população através das gerações que por aqui estiveram no povoamento da Piracuruca atual.




O Rio Piracuruca




Considerado por Anísio Brito como a artéria principal do município o rio Piracuruca tem sua origem na vasta cordilheira da Ibiapaba. Dali nasce o Rio Piracuruca, do córrego insignificante denominado São Benedito, perto da progressiva cidade do mesmo nome. O rio Piracuruca era conhecido também como Rio Bitorocara ou Bitorocaia, conforme a a língua indígena e dos grupos que ocupava as margens e riachos em torno do rio.


As águas do Piracuruca precipitam-se do alto daquela cordilheira, oferecendo uma bela vista, tomam, a princípio o poente, para, ao penetrar nos sertões piauienses, já no município de Piracuruca cortarem-se na direção este à oeste, descrevendo pequenas curvas, a mais notável já quando se avizinha da fazenda Barra, ao desaguar no Longá. Tem, de curso, cerca de 34 léguas, sendo a maior parte dentro do município.

O leito e as margens do Piracuruca, desde sua nascente, ora são arenosas, ora atravessando baixões férteis e próprios à cultura, ora, o que é mais freqüente, se compõe de grandes camadas de pedras formando, aqui e acolá, cachoeiras, ora deslizam as águas sobre lajedos imensos. Das margens do Piracuruca, os Irmãos Dantas retiraram as pedras para a construção da Igreja de Nossa Senhora do Carmo.

A barragem construída na administração do Prefeito Antônio de Sousa na década de 40 teve grande significação para a mudança dos hábitos da população de Piracuruca pois proporcionou – sem que assim fosse esperado – a existência de um belíssimo balneário coletivo frequentado, assiduamente, para fins de lazer. É que a represa nas épocas de cheias do Rio Piracuruca transforma-se numa cascata extensa, com variadas formas de escoamento das águas, ora em quedas d’água debaixo dos quais se mantém os banhistas, sem grandes perigos de acidentes.


É situada a poucos metros da ponte que liga o centro da cidade ao Bairro Guarani.

Hoje o rio conta com uma enorme represa construída recentemente que com certeza é uma das maiores do Piauí, essa represa possibilitou que o mesmo ficasse praticamente perene e também tranqüilizou a população com relação aos perigos das cheias e das secas, pois a grande barragem funciona como um equilíbrio para dosar a evasão das águas, além de tudo proporcionou a formação de vários balneários para o lazer e também a possibilidade de dar condições à sobrevivência da população que vive da agricultura e da pesca.

A CONSTRUÇÃO DA IGREJA DE NOSSA SENHORA DO CARMO
O imponente templo mede cerca de 39 metros de extensão por 18 metros de largura, e é toda armada, tanto interna como externamente, de elegantes colunatas de pedras lavradas que forma, na entrada um belo peristilo. Constando de três capelas e cinco altares, elegante e artisticamente dispostos, primando pela escultura, pintura e obras de talha, notam-se ainda muitos outros objetos custosos e de súbito merecimento artístico e histórico, como a pia batismal, o púlpito, um lavatório de mármore, a lâmpada de prata e outros objetos e parâmetros dignos de elogio.


A Igreja tem sua importância impar para Piracuruca, pois em torno desse suntuoso templo, erguido pela mão poderosa da fé, se foram congregando famílias que edificaram as primeiras casas, constituindo dentro de pouco tempo a próspera povoação de Piracuruca.

É com certeza um dos mais belos e antigos templos do Piauí, sendo que o término de sua construção data do ano de 1743. É uma arquitetura religiosa que apresenta em sua parte frontal linhas barrocas, com cercaduras e ornatos de cantaria de pedra.

Ao longo da história a Igreja tem "acumulado e vivido" todos os fatos pertinentes à cidade de Piracuruca, sendo que no passado foi o mais importante centro religioso da região, prova disso é que somente em 1805, por provisão do Bispo Diocesano do Maranhão, Dom Luíz de Brito Homem criou-se a paróquia de Nossa Senhora da Graça em Parnaíba, sendo seu território desmembrado do de Nossa Senhora do Carmo de Piracuruca da qual até então, capela filial.





Nos primeiros tempos foi rápido o desenvolvimento da povoação, relativamente ao das outras capitanias. A população vivia praticamente baseada na criação, pois seus terrenos planos eram cobertos com ricas pastagens e muitos córregos, isso, lhe dava um panorama muito encantador e aconchegante.



Em breve, a suntuosa igreja de N. S. do Carmo foi contornada de casaria despertando das fronteiras as simpatias ao povoado.


Não se conhece a data da elevação de Piracuruca á freguesia.


Em 1760, quando já se achava edificada a Igreja de Nossa Senhora do Carmo já aparecem os primeiros documentos que tratam da freguesia de Piracuruca. Em 1761, a povoação já possuía 1402 pessoas adultas. Sendo Parnaíba o empório do comércio do sertão da capitania, Piracuruca era o ponto de passagem de comerciantes de todo o norte, pelo que muito facilitou o seu desenvolvimento.


Foi visitada pelos primeiros governadores da capitania, e Carlos César Burlamarqui notando-lhe o progresso chegou a propor à metrópole a elevação de Piracuruca à categoria de vila, em 1807 o que não foi deferido.


A 18 de agosto de 1762, o primeiro governador da capitania, João Pereira Caldas, instalou com as solenidades do estilo a vila de são João da Parnaíba na Matriz de Piracuruca.


Em 1797, a população de Piracuruca já se elevava a 7315 pessoas.





Bem que simples povoado, ainda sem autonomia, acompanhou o movimento libertário que procedeu a nossa separação de Portugal.





Proclamada a nossa independência em Parnaíba a 19 de outubro, o sargento-mor João José da Cunha Fidié partiu, imediatamente, de Oeiras, passando em Campo Maior e em Piracuruca a 12 de dezembro de 1822.




Em Parnaíba não teve que lutar o governador das armas, pois, os chefes independentes, sem recursos militares, foram buscá-los no Ceará.



Foi antes, recebido festivamente pelo povo e câmara municipal.

Leonardo de Carvalho Castelo Branco, Alferes Secretário da Divisão Auxiliadora do Piauí e ardoroso patriota, achava-se no Ceará, e, conseguindo ali reforços, dirigiu-se à povoação de Piracuruca, que tomou a 22 de Janeiro de 1823, proclamando independência, ali, redigindo a proclamação que terminará assim:

"Que vos falta, pois, amados irmãos? Que vos impede os passos? Que vos prende a língua?

Ai! Gritai comigo:

Viva nossa santa religião!

Viva a futura Constituição Brasiliense!

Viva a D. Pedro I, Imperador Constitucional do Brasil e seu Perpétuo Defensor!

Viva a nossa santa Independência!

Vivam todos os Brasileiros honrados, briosos e intrépido!

Quartel de Piracuruca, 22 de janeiro de 1823.

Aderiu, pois, Piracuruca, à Independência, a 22 de janeiro, antes do pronunciamento da capital.

A demora de Fidié em Parnaíba deu tempo à proclamação de 24 de janeiro, por Manoel de Sousa Martins, o futuro Visconde da Parnaíba, que conseguiu a comunhão do Piauí, entre as províncias independentes do Brasil.

Impõe-se, agora, o regresso do Sargento-mor Fidié.

Narra assim, o Visconde Vieira da Silva, a passagem de Fidié por Piracuruca:

"Chegando à localidade Iliós de Baixo, e, desejando tomar a retaguarda dos independentes que haviam evacuado Piracuruca, mandou marchar oitenta homens de cavalaria com dois oficiais para reconhecer o terreno. No dia 10 de março encontrou-se este piquete com uns quarenta ou cinqüenta independentes também montados, com os quais tiveram uma escaramuça, junto ao lago jacaré, sofrendo estes últimos alguma perda, e ficando da tropa portuguesa um soldado prisioneiro."

Como se vê, Piracuruca foi onde primeiro se lutou pela nossa independência. A escaramuça à margem da lagoa do jacaré, foi como que o prelúdio do grande combate do Jenipapo que ocorreu no dia 13 de Março de 1823.


Só em 1832 foi Piracuruca elevada à categoria de vila, decreto da Regência de 6 de julho de 1832.

Teve lugar a instalação solene da vila à 23 de dezembro de 1833, a que, assistiu o coronel Simplício Dias da Silva, presidente da Câmara de Parnaíba, e foram os primeiros vereadores os cidadãos Albino Borges Leal, Francisco José do Rego Castelo Branco, Vicente Pereira dos Santos, Manoel Rodrigues de Carvalho, Antônio das Mercês Santiago, Pedro de Britto Passos e Manoel da Costa Portela.

Vila de Piracuruca




Só em 1832 foi Piracuruca elevada à categoria de vila, decreto da Regência de 6 de julho de 1832.

Teve lugar a instalação solene da vila à 23 de dezembro de 1833, a que, assistiu o coronel Simplício Dias da Silva, presidente da Câmara de Parnaíba, e foram os primeiros vereadores os cidadãos Albino Borges Leal, Francisco José do Rego Castelo Branco, Vicente Pereira dos Santos, Manoel Rodrigues de Carvalho, Antônio das Mercês Santiago, Pedro de Britto Passos e Manoel da Costa Portela.



Elevação à categoria de cidade


A Vila de Piracuruca foi elevada à categoria de cidade no dia 28 de dezembro de 1889, quarenta e três dias após o ato da proclamação da República. O decreto de elevação recebeu o número 1 e foi assinado pelo primeiro governador republicano do Piauí, Sr. Gregório Taumaturgo de Azevedo.

Não há documentos da época, em Piracuruca. O livro de atas da Câmara desapareceu, foi destruído pelo tempo, devorado por cupins ou subtraído por algum colecionador.


Por tradição oral sabe-se que o primeiro intendente municipal foi o coronel Pedro Melchíades de Brito Passos, filho do chefe político e Tenente Coronel Gervásio de Britto Passos e neto, portanto de Pedro Britto.


Fonte: (www.Piracuruca.com) O Piauhy no Centenário de sua Independência - Anísio Brito, Apontamentos Históricos da Piracuruca - Jureni Machado Bitencourt
FOTOS: Cortesia: Augusto Brito (Em memoria)






FOTOS de PIRACURUCA DO SÉCULO PASSADO

PRAÇA IRMÃOS DANTAS 1945




Times de futebol na década de 80 no Estadio Municipal Doca Ribeiro Magalhães
Mané Garrincha joga em Piracuruca em 1975




































ANTIGO CARRO PAU DE ARARA 1950


FUNCIONÁRIOS DA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA 1972

BANDA DE MÚSICA OS ASTROS


VISTA DE RUA ATRÁS DA IGREJA MATRIZ



De acordo com o historiador Pe. Cláudio Melo, em seu livro Fé e Civilização, provavelmente acontecera em 1722 ou em 1723, em razão do desmembramento da Freguesia do Surubim (Campo Maior). É provável que o primeiro sacerdote tenha sido o Pe. João da Costa Pereira, sesmeiro e desbravador desde o século XVII. Sabe-se que, em 1732, o Pe. José Lopes Pereira iniciou suas atividades, interrompendo-as em 1742, quando fora transferido para a recém criada Freguesia do Desterro do Piauí. Segundo o Pe. Cláudio Melo, o vigário José Lopes Pereira ainda retornaria em dois períodos: de 1763 a 1767; e o último, de 1772 a 1780. Durante seu exercício fora auxiliado por frades carmelitas e outros missionários.
A ocupação da área de sua jurisdição (Brejo, Maranhão; Parnaíba; Buriti dos Lopes; Bom Princípio do Piauí; Batalha; Pedro II; Domingos Mourão; Milton Brandão; Lagoa de São Francisco; Piracuruca; Cocal; Cocal dos Alves; São José do Divino; brasileira; São João da Fronteira) está relacionada com o fim do período holandês no Recife, em 1654, decorrendo na migração dos Tabajaras, liderados pela família Camarão para a serra da Ibiapaba; o povoamento de cristãos-novos, judeus convertidos, e demais degredados (ciganos, inclusive) por determinação da Coroa portuguesa, oriundos de Portugal e dos Açores; a construção das estradas de ligação entre o Maranhão e o Ceará; a revolta de Beckman, irmãos cristãos-novos, donos de engenho no Maranhão; o aldeamento dos jesuítas em Viçosa do Ceará, na serra da Ibiapaba; a atuação de bandeirantes paulistas (capitão-mor, mestre do campo da conquista do Piauí, Francisco Dias de Siqueira, conhecido como O Surdo ou O Apuçá, auxiliado por João Pires de
Brito; capitão-mor João Amaro Maciel Parente), baianos (capitão-mor Bernardo de Carvalho e Aguiar, Coronel Pedro Barbosa Leal); e maranhenses (Capitão-mor do Maranhão Vital Maciel Parente) e pernambucanos (capitão-mor Antônio da Cunha Souto Maior, mestre da conquista do Piauí e do Maranhão; a ação evangelizadora de missionários de várias ordens religiosas: mercedários, carmelitas e jesuítas, por exemplo.

O início da data da construção da Igreja de Nossa Senhora do Monte do Carmo é ignorado. A história corrente na região diz que ela está associada aos irmãos Manuel Dantas Correia e José Dantas Correia. Porém, desconhece-se se os dois tinham alguma ligação com os carmelitas e mercedários que atuavam no norte do Piauí. Uma de suas primeiras imagens, Nossa Senhora do Monte Serrate, fora trazida da Ermida de Nossa Senhora do Monte Serrate, construída em 1711 pelo Coronel Pedro Barbosa Leal na Vila Velha da Parnaíba, em razão do aumento dos ataques dos Tremembés à região, no começo do segundo decênio do século XVIII.
A freguesia de Nossa Senhora do Monte do Carmo tornou-se vila de Nossa Senhora do Carmo da Piracuruca através de Decreto Regencial em 6 de julho de 1832, e foi emancipada politicamente, elevando-se à categoria de cidade pelo Decreto Estadual nº 01, de 28.12.1889.
Rota da passagem de colonizadores que do Ceará adentravam pela terra dos índios Tocarijus, rumo ao Maranhão.
A cidade guarda até hoje a aparência da arquitetura do tempo colonial e destaca-se pela hospitalidade do seu povo. A economia baseia-se na pecuária e no extrativismo da carnaubeira...
FOTOS: Arquivo Marcio Gomes e  piracuruca.com




Hino de Piracuruca



Levantai-vos todos nesta hora,

Somos pioneiros para luta.

Sempre caminhando sem demora,

Nesta cidade de Piracuruca.


Estribilho

Unidos em bravo vivo e forte,
Nesta cidade com alegria o povo canta. (bis)
Que no Piauí fica no norte,
Piracuruca dos Irmãos Dantas.

Desde quando para nós existe,
Dedicamos toda nossa homenagem.
Sempre bela, amada e nunca triste,
Dando exemplo de serviço e de coragem.

Quando expressamos o teu nome,
Que é sempre lindo como o nascer de uma flor.
Tens tua beleza de renome,
Piracuruca é expressão de muito amor.

Não podes negar tuas riquezas,
Tua cultura e os produtos regionais.
Todo teu turismo é uma beleza,
Também são belas as festas tradicionais.

Todos os habitantes desta terra,
A tem como acolhedora e querida.
És um doce “escudo que se encerra”,
Para teus filhos és mãe que dá a vida.

Fonte: Câmara Municipal de Piracuruca - Lei n° 1.272/91







(HINO) CANÇÃO DE PIRACURUCA
Letra por Glauco Luz
Melodia por Aurélio Melo


Água que vem da terra fria
E no nosso peito deságua
Feliz daquele que um dia
Bebe dessa água


Terra da lenda e da magia
Das Sete Cidades encantadas
Onde as pedras são vivas esculturas
Que se movem pelas madrugadas


E Olho D Água do Padre
Rua da Goela e majestosa Igreja
De Nossa Senhora Do Carmo
Que eu adoro onde quer que eu esteja



Por todo lugar onde passo

Hospitaleira ela me aninha

Do Casarão do Padre Sá Palácio

Ao regaço da Prainha


Fogo que é fé e chama e luz
E traduz a força do lugar
Piracuruca dos Tocarijus
Quero este teu ar

Teu ar de grandeza e liberdade
Que os Dantas heróis precursores
Legaram a toda cidade








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USINA DE CULTURA

Quando foi construído, o prédio onde hoje funciona a usina de cultura, tinha por finalidade abrigar o motor da Usina elétrica, que funcionava anteriormente no casarão do Padre Sá Palácio. Inicialmente, a usina funcionou com um motor movido á lenha de fabricação Alemã, de marca Deutz, que se encontra exposto na Praça da Usina. Outros motores mais modernos vieram a substituí-lo entre eles o motor Black Stone, comprado em 1953, que ainda hoje se encontra montado em seu lugar origem dentro do prédio da usina.

A Usina elétrica de Piracuruca funcionou até o inicio da década de 70, quando foi desativada com a chegada da energia elétrica fornecida pela COHEB-Companhia Hidrelétrica de Boa esperança.
Depois de passar alguns anos servindo como curral da correição da prefeitura, o antigo prédio teve outro aproveitamento. Foi totalmente reformado, ganhou um moderno auditório com capacidade para 104 pessoas, espaço para exposições fotográficas, palco para espetáculos artísticos e culturais.

Fonte: Piracuruca iniciando geografia e história(Iran de Brito Machado)